Diabetes Tipo 1

João Pedro Amarantes Lacerda é mais conhecido como João Tipo 1, diabético desde os quinze anos, é um sucesso nas redes sociais com mais de 27 mil seguidores, em sua maioria de adolescentes e crianças.

O João Tipo 1, no auge dos 26 anos de idade, é atleta, professor, cantor e modelo. Aliás, as fotos como modelo chamam a atenção, pois seu aparelho leitor de glicemia e sua bomba de insulina sempre estão à mostra nas fotos publicitárias.

– Quando a diabetes entrou na minha vida, eu não sabia nada a respeito. Fui aprendendo aos poucos sobre a doença. Aliás, se eu soubesse tudo sobre essa patologia quando mais novo, eu teria ficado muito assustado. Os primeiros sintomas me levaram a ficar internado num hospital. – Declarou João.

Ele lembrou que o apoio familiar foi fundamental para encarar a diabetes e suas consequências. Depois de alguns meses de adaptação à nova realidade, João seguiu em frente com seu dia a dia.

– Continuei praticando esportes, indo à escola, estudando música e aprendendo a tocar instrumentos diferentes. O diabetes pode interferir se você deixar. Eu, por exemplo, consegui levar uma vida normal, mas com disciplina e atento à minha glicemia, não deixando subir e abaixar demais. – Disse João.

Recentemente, João Tipo 1 participou de um desfile de moda em Pernambuco. Desfilando desde os dezessete anos, João sempre expõe sua condição de diabético: – É necessário chamar atenção para essa causa. É uma doença silenciosa que mata muitos brasileiros todo ano.

João se surpreendeu, em Pernambuco, com a quantidade de pessoas que o abordaram, uns apenas para conhecê-lo, outros para parabenizá-lo pela atitude e em sua maioria jovens e crianças diabéticas.

– Muitos pais de crianças diabéticas também me seguem nas redes sociais. São pais angustiados em busca de apoio. E eu acabo sendo usado como modelo de um diabético que consegue levar uma vida normal. Já na adolescência, que é um período de autoafirmação, ainda pode ser mais complicado, pois é um momento que os jovens buscam ser aceitos num grupo e ser diferente pode dificultar as coisas… Então imagine o problema de ser diabético?! O diabetes me faz ser uma pessoa diferente, mas não menor!

Vale a pena lembrar que no Brasil há cerca de 17 milhões de pessoas diabéticas, isso não pode ser ignorado. E não há espaço para preconceito e descuido.

O João perdeu as contas de quantas vezes foi barrado num evento ou em uma entrada de banco por causa da Judite, é assim como ele chama, carinhosamente, a sua bomba de insulina.

– O pior de tudo quando um segurança pede para retirar e colocar numa caixinha do lado de fora… – João rindo muito.

Isso demonstra a desinformação de uma população inteira. O diabetes não pode ser ignorado.

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