O projeto de Pedagogia Hospitalar do Hospital Getúlio Vargas Filho, em Niterói, recebeu uma premiação nacional importante: o 7º Prêmio Territórios Tomie Ohtake. O trabalho apresentado pela Pedagogia Hospitalar do Getulinho ficou entre os 10 melhores do país, ao premiar estratégias pedagógicas articuladas com os seus territórios, tendo como base de suas ações a promoção de uma ética amorosa e os princípios da educação integral.
A Pedagogia Hospitalar é uma parceria entre as Secretarias Municipais de Educação e Saúde de Niterói e oferece apoio pedagógico às crianças e estudantes em situação de internação ou atendimento ambulatorial da unidade. As ações não se limitam aos pacientes, envolvendo também as famílias, acompanhantes e funcionários.
“Inspirações para o bem viver: descolonizando o olhar” foi o trabalho inscrito e premiado. O projeto discutiu o enfrentamento às diversas formas de violência, alienação e exploração, como as decorrentes do racismo, do sexismo e do apagamento histórico-cultural de povos indígenas e africanos, trazendo estas importantes temáticas para debate na comunidade hospitalar.
As ações do trabalho envolveram oficinas com as crianças e familiares; contação de histórias; teatro participativo a partir de um conto africano; construção coletiva de horta vertical no pátio do hospital; ações integrativas com a equipe do ambulatório e demais funcionários do hospital; dentre outras estratégias pedagógicas.
O grupo da Pedagogia Hospitalar é formado pela coordenadora Vivian Padial, as professoras Karoline Rosa e Ana Patrícia Bastos e a psicóloga Lauane Baroncelli.
Segundo Elaine López, diretora do Getulinho, o projeto traz, além do seu propósito educacional tradicional, a noção da pedagogia enquanto uma forma de desenvolver cidadania. “A pedagogia hospitalar, sobretudo em um hospital pediátrico e da forma como é desenvolvida nos convida, aqui no Getulinho, a refletir sobre o cuidado integral e nos proporciona reafirmar cotidianamente a nossa opção pela área da saúde”, comemora.