Pelo Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, que aconteceu em 10 de novembro, na última terça-feira (28/11), as enfermeiras Erika Bianchine e Sonia Freitas circularam o Hospital Getulio Vargas Filho, o Getulinho de Niterói, informando aos usuários sobre os cuidados com os ouvidos, o desenvolvimento auditivo infantil e a importância do teste da orelhinha nos bebês.
Entre os sinais de alerta com os filhos, deve-se preocupar se a partir de um ano a criança ainda não está falando, o que pode indicar deficiência auditiva. O menor que estiver com dificuldades de aprendizado ou de responder palavras de ordem, fazendo sentenças repetitivas, e ficar procurando a origem dos sons deve estar com a audição debilitada – o que pode ser contornado por medicação ou aparelhos auditivos.
Doença causada com o contato de gatos infectados, a toxoplasmose pode ocasionar surdez, bem como a sífilis congênita, transmitida da mãe para filho – o que leva sempre o reforço de promover o uso de preservativos e a realização de testes rápidos no pré-natal. Outra causa congênita é se a mãe estava com rubéola durante a gravidez. A meningite é outra enfermidade que pode levar a criança à surdez.
Identificada qualquer alteração, testes auditivos como a otoemissão acústica, o BERA e as audiometrias podem ser indicados por profissionais de saúde. Diagnosticada a surdez, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) oferece gratuitamente o curso de Libras após encaminhamento da unidade de saúde. Na educação, muitos colégios públicos e privados também aceitam o intérprete de libras em sala de aula para assistir este aluno.
Na dinâmica realizada no hospital, entre as instruções apresentadas, algumas vão de contra o que se pensa no senso comum: as hastes flexíveis, como o cotonete, são para limpar a parte exterior e não para tirar a cera interna (que devem ser retiradas com os dedos).
“É papel do profissional de saúde saber orientar, observar a caderneta de vacinação, pedir a realização de testes, agendar consultas e verificar a situação da linguagem do paciente”, afirma a otorrinolaringologista do Getulinho, Marcela Gravitol.
Segundo a diretora da unidade, Elaine López: “O contexto hospitalar também é espaço para a promoção e prevenção de saúde. Essas atividades educativas dentro da rotina do Getulinho são fundamentais no alinhamento às prerrogativas do SUS de acesso universal à saúde e no engajamento das políticas públicas de saúde e cidadania”.