No Dia Internacional do Voluntário, ações no Getulinho são motivo de orgulho

Instituído pela ONU em 1985, o Dia Internacional do Voluntário é comemorado no dia 5 de dezembro. No Hospital Getulio Vargas Filho, o Getulinho, em Niterói, a presença de grupos de voluntariado faz a diferença no atendimento: trazendo presentes e atuando com alegria com as crianças nessa unidade de saúde, que é referência em pediatria no estado do Rio de Janeiro.

Especificamente no Getulinho, o grupo dos Doutores da Alegria está presente no Hospital com sua arte do palhaço: intervindo junto com os pacientes por meio de brincadeiras e auxiliando no bem-estar das crianças. Fundada em 1991, a equipe transita pelos campos da saúde, da cultura e da assistência social e reforça a cultura como um direito de todos. Gratuito, seu trabalho é mantido por doações de empresas e pessoas. Além disso, o grupo mantém uma Escola com formações diversas e desenvolve espetáculos e intervenções urbanas.

Mascote do Hospital, o boneco Tom também foi uma doação voluntária: a Escola Municipal de Artes Professor Washington Luiz José da Costa, que fica em Itaboraí e é dirigida por Verônica Antunes, concedeu esse mimo que tanto orgulha a unidade.

Outro grupo de voluntários que revolucionaram o atendimento na unidade de saúde do município com a distribuição de polvos de crochê, confeccionados na Casa Azul – Casa da Economia Solidária Paul Singer, em ação coordenada por Mônica Mattos. “Este Dia Internacional do Voluntário consagra a gente e representa dedicação a uma atividade por vontade própria, ou seja, doar! Nosso trabalho é um trabalho de doação. Quando a gente doa e a gente vê o reconhecimento,  isso é muito importante”, comemora. Com esse projeto, chamado OctoNiterói, pacientes internados têm contato com esse brinquedo que simula a vida uterina. O resultado é uma resposta dos sinais vitais mais positiva e uma recuperação muito mais célere. Para quem quiser fazer doações ou conhecer o trabalho, nas quartas-feiras os voluntários estão na sede situada na Av. Amaral Peixoto, 901, Centro.

Outros grupos que atuam no Getulinho são o Pijamas do Bem; o Centro Espírita Irmã Rosa; e o Voluntários Engajados.

Carmen Gimenes, que atua no Pijamas do Bem diz que para ela é natural o trabalho de voluntária, já que sua família sempre incentivou a ação. “Não é uma mera caridade. Brincar com as crianças é estar em alegria. Elas dão prazer e só fazem o bem”, afirmou. O Pijamas do Bem planeja neste mês uma ação no Hospital para o Natal, com distribuição de brinquedos e presença de voluntários vestidos de super-heróis.

Participação social – Recentemente, a Prefeitura de Niterói, em parceria com a OAB – Niterói, abriu uma consulta pública sobre o voluntariado na cidade – que vai ajudar a criar um panorama sobre suas atividades e a importância das Organizações Não-Governamentais (ONGs). Quem atua nessas ações pode participar, até fevereiro, através do link: https://consultas.colab.re/voluntariado

Dados – Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), a taxa de realização de trabalho voluntário no Brasil foi de 4,2% em 2022, o equivalente a 7,3 milhões de pessoas com 14 anos ou mais de idade. Os números revelam que ações do tipo precisam ser mais estimuladas.

Recentemente plataformas onlines oferecem vagas de voluntariado e outras adotam o crowfounding – as famosas vaquinhas.

“Quando as pessoas são voluntárias, elas se conectam com outras pessoas e promovem um senso de propósito”, afirma o secretário-geral da ONU, António Guterres.

Rolar para cima