Com a chegada do outono e do inverno, as unidades de saúde, em especial aquelas com atendimentos de urgência e emergência, preparam-se para a vinda de mais pacientes acometidos por doenças respiratórias (doenças de sazonalidade). No Hospital Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, em Niterói, todo ano é realizado um novo Plano de Contingência, envolvendo todos os setores do hospital, para conseguirem entre março e julho absorver de forma efetiva esse maior volume de pacientes, garantindo qualidade no acolhimento.
“O período de sazonalidade está associado a mudanças climáticas, como variações na temperatura e umidade, por esse motivo há uma maior circulação de vírus e bactérias responsáveis pelas infecções respiratórias que são mais facilmente transmitidas”, explica Julienne Martins, diretora médica desta unidade referência em pediatria no Rio de Janeiro.
Pneumonia, bronquiolite e resfriados são algumas dessas doenças típicas desse período. Além de dificuldades respiratórias, sintomas como febre, tosse, cansaço, congestão nasal, dor no peito e perda de apetite podem ser alertas para a procura imediata de ajuda médica.
“As crianças, especialmente as menores de 5 anos, são mais suscetíveis a infecções respiratórias por ter um sistema imunológico ainda em desenvolvimento”, explica Julienne.
Desde 2019, o Getulinho adota o Plano de Contingência com o objetivo de adequar o hospital e intensificar ações, como ampliação de leitos, aumento do quadro de profissionais e realização de capacitações com o objetivo de expandir a assistência. Essa atenção especial acontece tanto na emergência e nas internações – desde a recepção, a classificação de risco até a alta da internação, bem como o acompanhamento posterior pelo setor do ambulatório.
Os profissionais dos mais diversos setores do hospital têm se reunindo no Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH) para acompanhar O Plano de Contingência, analisando os dados recentes do hospital, em uma troca de experiências para garantir o melhor atendimento e a criação de estratégias para redução do tempo de permanência. E essa análise de números, gráficos e fluxos de trabalho nunca é realizada de forma fria e distanciada – todo o quadro técnico hospitalar está com o foco no paciente e no empenho para sua melhoria.
Caso de sucesso – Felicidade, é o que define a expressão de Bianca Oliveira após a melhora de João Miguel, que teve pneumonia. Segundo ela, seu filho tossia e tinha febre moderada, mas que não passava. Ela o levou para algumas unidades de saúde em Itaboraí (onde reside), sem sucesso: seu filho não melhorava. Recomendada a procurar o Getulinho, Bianca trouxe João Miguel já em uma condição bem debilitada. Ela mesmo achava que ele não sairia vivo, dada sua fraqueza. Acolhido e internado, João Miguel realizou exames no Getulinho que constataram o pulmão comprometido, derrame pleural e infecção bacteriana. “Graças a Deus, no final, eu fui no hospital certo. Aqui tivemos todo o apoio que precisávamos. Percebi que os profissionais aqui têm paciência com as crianças e vejo o carinho e amor por elas”, afirmou, elogiando especificamente a médica Joyce Mello e a fisioterapeuta que o acompanhou. Na recomendação para que as mães evitem que seus filhos tenham doenças respiratórias, Bianca indica que façam sempre lavagem nasal nas crianças, que afastem elas de pessoas gripadas e que adotem hábitos higiênicos como a constante lavagem das mãos.