No mês em que é incentivado o aleitamento materno, o chamado Agosto Dourado – nome derivado do considerado “padrão ouro” do leite materno -, o Hospital Getúlio Vargas Filho (Getulinho), em Niterói, realizou uma roda de conversa entre seus profissionais com mães que acompanhavam seus filhos. Por coincidência as três mães que participaram do debate estavam com seus filhos em tratamento de bronquiolite e trocaram experiências sobre os processos em amamentar suas crianças.
Contato primordial na conexão maternal, o leite fornece os nutrientes necessários ao bebê bem como uma forma de evitar doenças para a mãe e a criança, sendo seu alimento exclusivo até o 6º mês. Instruções sobre a ‘pega’ nas mamas, os cuidados com o ‘refluxo’ e a influência da alimentação da mãe foram algumas das abordagens em conversa guiada pela enfermeira Elia Batista.
Enfermeira do turno da noite, Elia realizou trabalho de pós-graduação sobre as dificuldades da amamentação das mulheres em cárcere. Segundo ela, foi uma demonstração que é sempre necessária uma rede de apoio para a mãe nesta etapa de vida e que o Getulinho deve ter essa missão: “aqui, por conta de ter uma atenção pediátrica, um dos focos deve ser garantir a amamentação segura”.
Neste ano, o tema da campanha de amamentação, pelo Ministério da Saúde, é “Amamentação, apoie em todas as situações”, focando na questão da desigualdade social. O Brasil vem evoluindo nas taxas de amamentação ao longo das décadas, mas ainda está abaixo do recomendado. A prevalência de aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de 6 meses no país foi de 45,8%.