Em 2023, a Pedagogia Hospitalar do Hospital Getulio Vargas Filho (Getulinho), em Niterói, venceu o prêmio do Instituto Tomie Ohtake que destacou experiências exitosas na área da educação. Com a vitória, o Instituto concedeu uma bolsa de estudo integral na Universidade Estácio de Sá para um(a) profissional da unidade.
Após seleção que contou com avaliação funcional pelo setor de Recursos Humanos e produção textual, a recepcionista do ambulatório Roberta Azevedo conseguiu a nota máxima e, em breve, cursará Farmácia na Universidade – um sonho seu antigo.
“Estou desde 2020 no Getulinho, comecei na emergência e um ano depois estava no ambulatório. Conseguir fazer uma faculdade é um sonho realizado. Estou muito feliz e quero agradecer à diretora Elaine López, ao diretor Anselmo Carvalho, à coordenadora do ambulatório Shirlei Freire e a toda equipe da Pedagogia Hospitalar”, disse emocionada.
Em sua 7ª edição, o Prêmio Territórios Tomie Ohtake consagrou 10 trabalhos em educação por todo país. A única premiada do Rio de Janeiro levava o tema de “Inspirações para o bem viver: descolonizando o olhar” e aconteceu no hospital pediátrico, fruto do trabalho cuidadoso da Pedagogia Hospitalar em dar continuidade aos estudos de quem está em tratamento na unidade.
O projeto discutiu o enfrentamento às diversas formas de violência, alienação e exploração, como as decorrentes do racismo, do sexismo e do apagamento histórico-cultural de povos indígenas e africanos.
Entre as atividades desempenhadas destacou-se: oficinas com as crianças e familiares; contação de histórias; teatro participativo a partir de contos africanos e construção coletiva de horta vertical no pátio do hospital.
O grupo da Pedagogia Hospitalar é formado pela coordenadora Vivian Padial, as professoras Karoline Rosa e Ana Patrícia Bastos e a psicóloga Lauane Baroncelli. O programa é um serviço da Secretaria Municipal de Educação (SME) de Niterói, concretizado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do município.
“A Pedagogia Hospitalar mostra que a gente não se preocupa apenas em cuidar da saúde, a gente quer formar e dar noção de cidadania aos nossos pequenos – que serão os cidadãos do futuro”, descreve Elaine López, diretora executiva do Getulinho.