Conheça a história da Graciana Dias Cano, a funcionária que estava no lugar certo, na hora certa

Graciana faz parte do quadro de funcionários do Centro Carioca de Especialidades (Super Centro Carioca de Saúde, em Benfica), como agente administrativo de almoxarifado, desde julho do ano passado.

Sendo funcionário do setor de almoxarifado, dificilmente tem contato com os usuários do Super Centro. Mas, num dia do mês de maio, ela e outro funcionário do setor foram arrumar o estoque do CCE, que fica no térreo da unidade, próximo aos banheiros. Encontrou um papel pardo dobrado no chão. Achando que poderia ser alguma coisa importante, guardou no bolso. Retornando ao setor, abriu o papel e viu se tratar de uma nota de duzentos reais, com um comprovante bancário nominal.

“Preciso encontrar a dona desse dinheiro. Pode estar fazendo falta a ela!”, disse Graciana para os funcionários do CCE.

Conseguiu os telefones de contato da paciente na ficha cadastral da unidade, porém sem sucesso. Alertada pela direção da unidade que a paciente provavelmente ainda estava no CCE, pois tinha uma consulta com o ortopedista, Graciana retornou ao mesmo local onde encontrou a importância. E lá estava a dona do dinheiro, com outras pessoas procurando.

“Minha filha, perdi o único dinheiro que sobrou da minha aposentadoria, depois de pagar todas as minhas contas”. Informou a senhora entristecida, de 80 anos, que logo recebeu a boa notícia de Graciana: “Não perdeu, não! Está aqui. Não fique mais triste!”, disse a funcionária do almoxarifado devolvendo o dinheiro.

“Meu Deus, que coisa boa, como posso agradecer?”, indagou a senhora que foi orientada a fazer uma ouvidoria positiva à funcionária. Durante o registro do elogio, a paciente fez questão de dizer: “Muita gratidão à funcionária Graciana Dias Cano pela honestidade e por estar entregando meu único duzentos reais.”

Graciana está há cerca de dez anos a serviço do SUS. Iniciou sua trajetória como Agente Comunitário de Saúde em Realengo, onde mora, na zona oeste do Rio.

“É muito gratificante ver que lá atrás aguardávamos na fila do Sisreg por anos e que, hoje com o Super Centro, a pessoa não espera tanto para ser chamada. Isso é extraordinário… São várias consultas e exames sendo realizados por dia. E a fila andou e vai andar muito mais, porque isso é só o começo. Tudo aqui é do SUS e é para a população!”

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