O município de Teresópolis sediou, nesta sexta-feira (17/11), o II Seminário Estadual de Atenção Domiciliar, com a presença de Mariana Borges Dias, coordenadora-geral de Atenção Domiciliar do Programa Federal de Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) – Ministério da Saúde.
“Não é todo estado que consegue reunir equipes de AD para discutir diretrizes e novas portarias. O Estado do Rio está de parabéns.” Declarou Mariana Borges, sobre o II Seminário.
Destaque para a enfermeira e coordenadora do SAD de Teresópolis, Sandra Santos, que falou sobre os avanços do AD no seu município.
O Programa de Atenção Domiciliar do Rio de Janeiro foi o pioneiro em 1997, pela implantação da doutora Guilhermina Galvão no Hospital Paulino Werneck. Em 2011, o governo federal brasileiro, através do Ministério da Saúde, criou o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).
A coordenadora do programa na Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Germana Périssé, apresentou dados da maior equipe SAD do Estado do Rio, o PADI – Programa de Atenção Domiciliar ao Idoso, que em 2010 foi municipalizado com três bases (6 EMAD – Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar e 3 EMAP – Equipe Multiprofissional de Apoio), além da já existente do Hospital Paulino Werneck. Em 2022, já eram 13 EMAD e 5 EMAP, com bases em cinco hospitais municipais e no Hospital Paulino Werneck. Para 2024, a coordenação-geral do programa SAD deliberou a implantação de mais três bases: voltará a ter a base no Hospital Municipal Pedro II, implantação no Hospital Municipal Albert Schweitzer e outra no Souza Aguiar.
“Nossa atuação na desospitalização é feita com busca ativa em salas amarelas das emergências hospitalares, enfermarias e salas amarelas dos CER, que são Coordenações de Emergência Regional. O objetivo é devolver à Atenção Primária, para as clínicas da família, os pacientes para a continuidade do cuidado. Aliás, temos o agente comunitário de saúde como elo de ligação entre o PADI e a população local. Muitos dos nossos pacientes estão em local de vulnerabilidade à violência.” Informou Germana.
Para superar o desafio do atendimento na cidade do Rio, o PADI lançou mão de treinamento, implementação de medidas de segurança e de ferramentas como o aplicativo acesso seguro e o teleatendimento.
A supervisora técnica do PADI/RJ, enfermeira Midori Uchino, cita: “Sabemos que os desafios para o atendimento das equipes são complexos. Com dedicação e trabalho podemos superá-los. É possível oferecer atendimento de qualidade e humanizado. Eu acredito na potencialidade do programa de Atendimento Domiciliar.”