A oportunidade para a primeira experiência profissional está presente no Hospital Getúlio Vargas Filho (Getulinho) no Fonseca/Niterói, através do convênio Instituto Ideias/ESPRO.
São 24 jovens que atuam nos diversos setores da unidade pediátrica após uma seleção feita por entrevista e análise de currículo.
O Programa, derivado da Lei da Aprendizagem (Lei 10.097/2000), começou no Getulinho em 2017 e aceita jovens de 18 a 21 anos – com o tempo de permanência de 1 ano e 11 meses. “Muitos deles são admitidos no Hospital depois desse tempo, como eu mesma fui”, afirmou Joice Ribeiro, analista de Recursos Humanos (RH), uma das responsáveis, hoje, pela admissão dos profissionais do Hospital.
Uma mostra do talento de muitos desses jovens profissionais, Samara Duarte, de 20 anos, venceu o Prêmio Ryla em setembro, oferecido pela ESPRO (Ensino Social Profissionalizante), ao desenvolver o projeto de sustentabilidade e consciência ecológica em ambiente escolar onde a proposta incorpora o trabalho com papel plantável (papel semente).
Samara atua no Centro de Estudos do Hospital: “Quando eu fui me inscrever, assim que eu vi que tinha Educação Permanente eu me achei. Eu sou de Letras-Espanhol (UFF) e quando eu fiz entrevista para um Hospital fiquei perdida, mas eu me encontrei, pois tem tudo a ver com minha área. O trabalho aqui é de aprimoramento, vamos terminar nossa formação, mas estaremos sempre aprendendo”, disse ela enquanto elaborava os certificados do curso recente, sobre Segregação de Resíduos Sólidos.
Outro Jovem Aprendiz é o André Carvalho, de 19 anos, que atua no setor financeiro. Ele soube do Programa por amigos que já participaram. “Foi oportunidade de ter experiência profissional, garantir algum recurso para ajudar nos gastos da família, e estabelecer um networking dentro do trabalho em saúde”, disse ele que estuda Psicologia na Estácio.
Atuando no Ambulatório, Andria Valesca, de 22 anos, faz Letras-Literatura (UFF) e também vê o Jovem Aprendiz como uma oportunidade e experiência. Sobre trabalhar no SUS ela afirma: “muitas pessoas têm em mente coisas ruins sobre a saúde pública, achismos, mas trabalhando aqui na área eu vejo que as pessoas dão o melhor de si”. Segundo ela, trabalhar com crianças está sendo fundamental para sua formação, uma vez que ela quer trabalhar no ensino infantil.
Para a diretora da unidade, Elaine Lopez, o Programa contribui para que o Hospital também exerça seu papel social para além da assistência. “Construir a oportunidade do aprendizado e dar possibilidades aos jovens faz com que o próprio Hospital se desafie para ser cada vez mais um bom campo de práticas. Além disso, apoiar jovens a se desenvolverem e se capacitarem para o mercado de trabalho, é muito compensador! E quando eles seguem seu caminho ao final do período, apesar da sensação de vazio, ficamos orgulhosos de ter participado dessa etapa de suas vidas! Espero que levem o Getulinho no coração, assim como deixaram um pouco deles conosco!”, disse.