Uma unidade primária de saúde é mais que apenas um local de vacinação. As relações construídas entre os profissionais de saúde e os usuários das unidades vão muito além de fazer curativo ou aplicar vacinas. Existe uma série de serviços ofertados para famílias inteiras, como Academia Carioca, saúde da mulher, pré-natal, saúde do homem, tratamentos de hipertensão e diabetes, combate ao tabagismo, psicologia, odontologia, entre outros.
Muitas vezes, a unidade de saúde é uma extensão do lar. Encontramos na Clínica da Família Amélia dos Santos Ferreira, no bairro do Encantado, a senhora Maria de Fátima dos Santos Conceição, de 67 anos, que foi buscar um resultado de exame, abraçando Adriana Nogueira uma agente comunitária de saúde.
– Amo essa profissional (Adriana), ela me ajuda muito. Aliás, aqui, todos são maravilhosos. Frequento a dança (Academia Carioca), sempre que posso. Já tomei a vacina da gripe deste ano e também a minha segunda dose de reforço contra a Covid-19. – Comentou dona Maria de Fátima.
Quem chamou atenção na unidade foi Paulinho Velocidade (Paulo Pereira de Assis), antigo maratonista de 85 anos, que não sai de casa sem suas medalhas. Ele contou que seus problemas de saúde, como Alzheimer, não permitem mais ir sozinho à unidade e que, muitas vezes, as agentes comunitárias o ajudam a agendar exames e ter acesso aos remédios.
Como vimos, as unidades de saúde são extensão da casa de alguns usuários, fortalecendo as relações, com carinho e respeito.