Como forma de prevenir acidentes, o Hospital Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, em Niterói, realizou um treinamento para seus profissionais em “Princípios para Prevenir e Combater Incêndios”. De forma teórica e prática, com dinâmicas interativas, os trabalhadores da unidade pediátrica se capacitaram com qualidade.
Cerca de 250 profissionais participaram das instruções em curso dividido em 6 turmas, em uma iniciativa da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) do Hospital – que agora planeja novas turmas, para contemplar os trabalhadores do turno noturno.
O curso foi ministrado por Allan Cunta, técnico em segurança do trabalho e consultor do Instituto Ideias. “Ninguém vai sair daqui como um brigadista, mas é importante vocês terem esse conhecimento”, introduziu. Allan afirmou que a prioridade é proteger a Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP), devido à fragilidade de seus pacientes e as dificuldades de locomoção.
O instrutor apresentou o triângulo de formação do fogo: o combustível (tudo aquilo que pode ser queimado); o comburente (oxigênio que ‘alimenta’ o fogo); e a fonte de calor (a faísca).
Para conter o fogo sem controle, existem cinco tipos de extintores para cada tipo de incêndio: o de água para materiais sólidos; o pó químico para líquidos inflamáveis; o gás carbônico para equipamentos elétricos; o pó químico especial para metais combustíveis; e os extintores de classe K para os casos envolvendo óleo e gordura.
A forma de usar os extintores é parecida em todos os modelos: retirar o pino de segurança após quebrar o lacre, realizar um teste antes e acionar a válvula dirigindo o jato para a base do fogo, com uma distância segura.
Allan apresentou um vídeo do incêndio no Edifício Joelma, em São Paulo, que completou 50 anos, e chocou o país. O acontecimento, que vitimou quase 200 pessoas, serviu para melhorar a legislação para prevenir tais acidentes.
Hoje, temos vários aparelhos que combatem e alertam sobre os incêndios: uso de hidrantes, sprinklers, detectores, alarmes, placas com indicações e portas corta fogo.
E entre as ações de prevenção estão incluídas: manutenção regular, armazenamento seguro, instalação adequada de equipamentos, saídas de emergência desobstruídas e o treinamento das equipes, ação essa realizada nestas instruções e que teve resposta positiva dos profissionais, envolvendo o Hospital como todo.
“Cada setor é único e é bom que todos tenham uma percepção do bem geral do Getulinho, principalmente dos pacientes. Por isso, a capacitação está sendo aplicada para todos profissionais. Pois quem está na ponta pode evitar danos maiores para o Hospital, tanto para os trabalhadores como para nossas crianças e adolescentes”, afirmou Renan Mendes, engenheiro civil do Hospital, que supervisionou o curso.
