No Getulinho, quem cuida também deve ser cuidado

O Hospital Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, tem uma equipe de psicólogos que acolhem pacientes, seus familiares e os colaboradores do próprio hospital.

Sob a coordenação da psicóloga Lucia Moret e mais três profissionais, Camila Rossetto, Carolina Damásio e Susie Barcellos, o Getulinho oferta apoio emocional, avaliação psicológica, orientação, suporte às equipes multidisciplinares, desenvolvimento de ações sobre saúde mental e prevenção de complicações emocionais.

Todas as famílias que chegam ao Getulinho passam pela entrevista do setor de Psicologia, que acolhe a história da criança e seus familiares.

“Nosso atendimento abrange todo o hospital. No Janeiro Branco lembramos que a saúde do corpo passa pela mental também. Não temos serviço de ambulatório, temos a psicologia hospitalar. Ou seja, só atendemos as crianças internadas e seus responsáveis ou familiares”.  Informou a coordenadora Lucia Moret.

O Getulinho se preocupa com a saúde mental de quem também cuida dos pequenos: seus familiares. Assim, o setor de Psicologia instituiu uma roda de conversa para troca de experiências e atender de forma dinâmica os familiares. A roda de conversa atende os familiares dos pacientes da UTI e das enfermarias, uma vez por semana.

“As famílias chegam angustiadas na unidade e encontram apoio entre si. A gente sabe o quanto é difícil uma criança ser acometida por uma doença em pleno desenvolvimento. As famílias enfrentam angústias, medos e dúvidas sobre o diagnóstico e tratamento. Aqui, elas sabem que serão escutadas e receberão apoio”. Completou a psicóloga Carolina.

Na alta hospitalar, casos que precisam permanecer em acompanhamento psicológico são referenciados para a rede pública de saúde, de acordo com a área de residência do paciente.

“Quem cuida, deve ser cuidado. É importante desmistificar que profissional de saúde não precisa de atenção psicológica. Todos nós somos seres humanos e precisamos de ajuda, de orientação e acolhimento”, sintetizou Lucia Moret.
Os profissionais de saúde salvam vidas e todo super-herói tem sua capa ou seu escudo. O profissional de saúde também precisa de apoio, de ferramentas para executar bem suas funções.

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