O Programa de Atenção Domiciliar ao Idoso, base Hospital Municipal Salgado Filho, realizou no dia 22/09, para seus profissionais, uma palestra com o tema Setembro Amarelo de prevenção ao suicídio.
A psiquiatra Elisa Paes e a supervisora Monique Teodoro trouxeram o tema e seus dados relevantes, como a colocação do Brasil entre os dez primeiros países em números absolutos de morte por suicídio, sendo a quarta maior causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos.
Outro dado importante é que 90% dos indivíduos, que se suicidam, apresentam algum transtorno mental e desses 60% têm quadro de depressão.
Na estatística apresentada, dois terços dos indivíduos que cometem suicídio comunicam sua intenção; 45% dos suicidas foram atendidos por profissionais da atenção primária e desses 19% se consultaram com algum profissional de saúde mental.
A psiquiatra Elisa deu instruções de como os profissionais do PADI, que devido a proximidade dos pacientes, seus familiares e cuidadores, têm a oportunidade de observar e abordar para questões de saúde mental e suicídio. Perguntas como se a pessoa tem enfrentado problemas ultimamente; se sente que a vida perdeu o sentido; se tem pensamentos de acabar com a vida; ou se tem esperança de ser ajudado.
É necessário que o profissional de saúde saiba escutar e acolher. E informar a todos que o serviço público de saúde tem como ajudar.
Os profissionais presentes receberam orientação para os pacientes que apresentem: desesperança, impulsividade ou ansiedade; uso de álcool ou outras substâncias; letalidade e violência contra terceiros.
Alguns mitos foram afastados, como perguntar ao paciente se tem ideias suicidas vai motivá-los mais. Que a pessoa que anuncia a intenção do suicídio faz isso para chamar atenção. Ou após uma tentativa frustrada de suicídio a pessoa vai desistir.
A psiquiatra também ressaltou que os próprios profissionais devem observar seus colegas de trabalho. Pois a área de saúde lida com vida e com morte, a todo instante, e o profissional de saúde também deve ser cuidado.
O município do Rio tem uma rede de apoio, formada por CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), profissionais em psicologia do NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) e Atenção de Urgência e Emergência.
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