HMAR visita aldeia Sapukai em Angra dos Reis

No último dia 04/07, a equipe de Gestão do Hospital e Maternidade Angra dos Reis (HMAR), visitou a aldeia Sapukai – comunidade indígena localizada no distrito de Bracuí, em Angra dos Reis.

A aldeia tem cerca de 450 habitantes, sendo aproximadamente 110 famílias distribuídas em núcleos familiares. Possui uma Estratégia de Saúde da Família (município e SESAI – Programa de Saúde Indígena do governo federal), que tem o enfermeiro Cléber dos Santos servindo à comunidade há 15 anos.

O enfermeiro conta com a ajuda da agente de saúde indígena Gabriela (Arapoti), de 20 anos de idade. A língua predominante é o guarani, mas o português também é falado.

– “A comunidade Sapukai está integrada às ações de saúde promovidas no município. Estas ações devem ser realizadas com um acolhimento especial e diferenciado, respeitando a cultura local distinta”. Informou o enfermeiro.

Na semana em que o mundo realiza ações voltadas para o incentivo ao aleitamento materno, o Hospital e Maternidade Angra dos Reis (HMAR) enviou uma equipe multidisciplinar com médica pediatra, enfermeiras, técnica de enfermagem, psicóloga, assistente social e nutricionista, entre outros, com o objetivo de levar informações sobre a importância do aleitamento materno na saúde da criança e da mulher.

O encontro foi principalmente para conhecer a cultura local, no que se refere ao manejo dos cuidados com a mulher indígena no período pré, trans e pós parto, para que se possa oferecer uma assistência respeitando os costumes e crenças, dentro das possibilidades técnicas, para que essa usuária se sinta melhor acolhida.

Um destaque importante é a parte nutricional da mulher indígena (costumes e hábitos alimentares), pois alguns alimentos não devem ser consumidos no pós parto.

– A nossa ideia foi promover uma roda de conversa com as mulheres indígenas com o objetivo de enfatizar os benefícios do aleitamento materno, recomendado pela Organização Mundial da Saúde até os dois anos de idade, sendo exclusivo nos primeiros seis meses de vida do bebê, já que essa é uma prática e um saber natural da mulher indígena. Valorizar a amamentação é um dos tantos ensinamentos que os povos indígenas nos trazem. – Citou a pediatra Patricia Neves.

 Também foi lembrado a importância do Aleitamento Materno, como prevenção de algumas doenças, e as vacinas básicas do calendário vacinal que devem ser aplicadas.       

A Enfermeira Maria Cavalcante da S. Jordão falou sobre a relevância do aleitamento materno e demonstrou, de forma lúdica, o manejo da amamentação e também abriu espaço para que as indígenas fizessem perguntas.

O conselheiro de Saúde Indígena da localidade Lucas Xanu Benite, também líder da aldeia, junto ao enfermeiro Cléber dos Santos, recepcionaram a equipe HMAR e conduziram o encontro na localidade.

– A gente tenta trazer informações sobre a saúde e direitos das mulheres. Temos sete parteiras aqui. Minha mãe, minha sogra e minha cunhada também são parteiras. Damos valor ao parto na aldeia, tanto que meu sonho era construir a casa da parteira. Só quando há complicações recorremos ao hospital. – Completou Lucas.

Atualmente, a comunidade tem oito gestantes com o pré-natal em dia e que pretendem fazer o parto na própria aldeia.

Este foi um encontro muito rico em conhecimento e troca de saberes.

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